segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15 de outubro, nasce a escritora Agustina-Bessa Luís

 
A 15 de outubro, recorda-se Agustina-Bessa Luís, uma das escritoras portuguesas mais consagradas, com uma obra notável, inspirada pelo romantismo de Camilo Castelo Branco.
 
Agustina-Bessa Luís nasceu a 15 de outubro de 1922. Membro de uma família de raízes rurais de Entre Douro e Minho, desde muito jovem se apaixonou pelos livros, fascinada pela biblioteca do avô materno, de onde constavam obras dos melhores autores ingleses e franceses.
Viaja para o Porto em 1932, para prosseguir os estudos, mudando-se para Coimbra em 1945, onde residiu cinco anos. Regressa à cidade do Porto em 1950, onde fixa residência, corria o ano de 1950, dois anos depois de se estrear como romancista, com o livro ‘Mundo Fechado’.
Em 1954, publica ‘A Sibila’, que lhe permite conseguir o reconhecimento da crítica literária (hoje, este trabalho já atingiu a 25.ª edição). O romance atinge um sucesso imediato, graças à originalidade da escrita de Agustina-Bessa Luís, autora que se insere na corrente neo-romântica, influenciada pela obra de Camilo Castelo Branco.
Agustina-Bessa Luís escreveu ainda peças de teatro e guiões para televisão. Diversos romances foram adaptados para o cinema, pela mão do realizador Manoel de Oliveira, de quem é amiga.
A autora conjugou a atividade literária com diversas outras funções, ligadas à sociedade e às artes. Foi diretora do diário portuense O Primeiro de Janeiro e entre 1990 e 1993 diretora do Teatro Nacional de D. Maria II, em Lisboa.
Também fez parte da Alta Autoridade para a Comunicação Social e da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres (Paris), da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa (Classe de Letras).
Agustina-Bessa Luís foi distinguida com a Ordem de Sant'Iago da Espada (1980), a Medalha de Honra da Cidade do Porto (1988) e o grau de Officier de l'Ordre des Arts et des Lettres atribuído pelo governo francês (1989).
Assinou mais de 50 obras, desde romances, contos, peças de teatro, crónicas de viagem, livros infantis e biografias. Com 81 anos, conquistou, em 2004, o prestigiado Prémio Camões, por “traduzir a criação de um universo romanesco de riqueza incomparável que é servido pelas suas excecionais qualidades de prosadora, assim contribuindo para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”, de acordo com o júri. Hoje, assinala-se o aniversário de Agustina-Bessa Luís.
 
Joana Teles, in ptjornal

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